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Tireoide e Gestação: 10 informações importantes sobre mamães com problemas de tireoide


Dra Mariana Costa Valente Endocrinologista Tireoide

Durante a gestação a tireoide passa a ser ainda mais exigida. Ela precisa dar conta do metabolismo da mãe e também do bebê, principalmente porque a tireoide do feto só começa a funcionar a partir da 10ª a 12ª semana de gestação e a produzir hormônio a partir da 20ª. Antes deste período, ele depende da tireoide da mãe. Algumas alterações no funcionamento da tireoide no período gestacional são, portanto, esperadas, inclusive alterações laboratoriais são comuns nesse período. Fique atento (a) às seguintes informações:


1 – Mulheres que apresentam disfunções na tireoide devem informar seu médico logo que souberem que estão grávidas. Melhor ainda se informarem, com antecedência, a sua intenção de engravidar para que as doses de seus medicamentos sejam ajustadas.


2 - Os hormônios produzidos pela tireoide exercem papel marcante para o desenvolvimento saudável da gestação e do bebê. No início da gestação, há o desenvolvimento neurológico do bebê e isso depende de níveis adequados de hormônios tireoidianos. Alterações na tireoide podem causar irregularidade menstrual e infertilidade. Na mãe, as disfunções da tireoide podem alterar a pressão arterial e aumentar o risco de sangramentos, abortos e partos prematuros.


3- Com o ajuste e acompanhamento adequados, pode-se restabelecer a fertilidade, além de se evitar complicações para a mãe e para o bebê.


4- Em mulheres em tratamento para HIPOtireoidismo, costuma-se haver necessidade de doses mais elevadas de hormônios tireoidianos (levotiroxina) durante a gestação. O ajuste da dose deve ser feito antes da gravidez e/ou logo no início desta. Nunca suspenda ou modifique a dose da levotiroxina durante a gestação ou amamentação sem a orientação do seu endocrinologista. Ela é segura e necessária.


5 – Mesmo as alterações mais discretas do HIPOtireoidismo (hipotireoidismo subclínico e tireoidite de Hashimoto) devem ser avaliadas. Durante a gestação, a tireoide é ainda mais requisitada e muitas vezes é necessário o uso de hormônios tireoidianos mesmo em mulheres que não necessitavam usar antes de engravidar.


6 – Em mulheres em tratamento para HIPERtireoidismo (nódulo autonomo ou Doença de Graves) pode ser necessário ajustar a dose de seu medicamento ou, às vezes, trocá-lo por outro mais seguro para esse período. O ideal é planejar o tratamento antes mesmo de engravidar.


7 – Algumas mulheres podem desenvolver um tipo de HIPERtireoidismo específico no período gestacional. Essas mulheres devem ser avaliadas, mas nem sempre necessitam iniciar medicação.


8– O fato de a mãe ter doença da tireoide não quer dizer que o bebê também a terá. De toda forma, é importante avisar o pediatra, que poderá identificar precocemente em caso de qualquer alteração no recém-nascido. O teste do pezinho é feito na primeira semana de vida do bebê e avalia se a tireoide está funcionando bem, entre outras doenças.


9 – O parto normal e a amamentação não são contraindicados em mulheres com alterações de tireoide e , de maneira geral, devem ser incentivados


10 - É importante que a mãe com doença tireoidiana seja reavaliada após o parto. Para tanto, combine com seu endocrinologista o período do retorno e não suspenda as medicações sem orientação.

Cada caso apresenta particularidades e deve ser avaliado de forma individualizada pelo Endocrinologista!

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